Slide # 1

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Entrevista – Vitória Seleção – 03/08/11

Nome: Davi Cordeiro de Oliveira
Idade: 17
Morador(a) do bairro: Morador do interior (Riachão do Jacuípe), a uns 180 km de Salvador.
Twitter: @DaviCordeiro
Profissão: Estudante

Resuma o Esporte Clube Vitória em Poucas Palavras.
Amor que sempre está em primeiro lugar, nunca é rebaixado e detentor das vibrações mais positivas.

Para Você, este elenco do Vitória é digno de subir pra série A neste ano?
De forma alguma! A qualidade individual não corresponde ao espírito coletivo, que é o que deveria prevalecer. O melhor zagueiro do mundo jamais conseguiria parar todos os adversários sozinho, o melhor atacante também não marcaria gols sem alguém pra lhe passar a bola, ou atacando sozinho contra todos os outros jogadores... um time de futebol funciona da mesma forma que uma engrenagem: uma única peça em desarmonia compromete o funcionamento de todo um sistema. Às vezes é necessário trocar a peça para que a engrenagem volte a funcionar bem, outras vezes a peça ainda serve, mas é necessário usar um pouquinho de graxa para fazer com que ela volte a desempenhar bem o seu papel. No momento, infelizmente, o Vitória não tem um coletivo que possa estar entre os quatro melhores da Série B.

O Que achou da saída do Geninho e chegada de Benazzi?
É difícil dizer ou julgar sem ter visto a atuação de Benazzi no Vitória. A primeiro momento, não fui a favor porque é sempre uma medida radical e pode dificultar no entrosamento da equipe, além do técnico contratado não passar muita segurança. Mudar o técnico é uma primeira saída, mas às vezes o torcedor tem que engolir como uma possível demonstração de mudança. Acontece que o que deve ser mudada é a postura em campo, em primeiro lugar... porque, francamente, o Leão tem se apresentado de forma vergonhosa e tímida demais nos últimos jogos. Não adianta mudar o volante de um carro se o mesmo estiver sem rodas.

Quais Jogadores o Vitória deveria tentar uma negociação?
Acho que o Vitória deveria era valorizar a prata da casa, como sempre se deu bem quando tentou. É fato que o Vitória é um time conhecido nacionalmente por revelar excelentes jogadores, mas que peca por não aproveitá-los tão bem em campo quanto poderia e deveria. O segredo é investir na base, dar chance a jogadores novos que querem mostrar o seu trabalho e ganhar espaço no futebol nacional... vende-los em último caso, porque isso acaba gerando uma valorização em seu passe.

Hoje o ECVitoria está beirando zona de rebaixamento à Série C, a quem você atribui esse desgosto?
Não existe um único culpado. A diretoria vergonhosa, os jogadores com corpo-mole, a parcela de torcedores que não apoia e até a sorte que deixa a bola na trave e não na rede têm culpa. Mas o Vitória não corre o risco de ser rebaixado à Série C da última rodada pra cá... corre esse risco desde que caiu da Série A ano passado, por conta de uma final de campeonato nacional frustrada: resultado de uma falta de planejamento e preparação que acabaram prejudicando. Não pode pensar como time pequeno, porque quando a oportunidade de ganhar um título de expressão nacional chega, não pode ser desperdiçada. Mas a falta de estrutura, até psicológica, de um time cuja diretoria não almeja nada além de campeonatos baianos fez com que o time caísse para a Série B e, dessa forma, corresse o risco de voltar ao sofrimento da terceira divisão. Até o fator Barradão, que sempre foi bem aproveitado, tem deixado a desejar, porque o elenco tem jogado mal tanto fora quanto dentro de casa, decepcionando de perto a torcida.

O que você tem a falar Sobre a Diretoria do ECV em 2011?
Talvez essa seja a parte mais difícil. Quando alguém tem a oportunidade de dirigir um clube de futebol, tem que fazer com o amor que se tem a uma mãe, a um pai ou a um filho. Não é uma brincadeira ou uma profissão remunerativa e só. A responsabilidade de representar um time de tradição e grandiosidade do Vitória é absurda! Tem que amar o que está fazendo e amar a instituição. Tem que se incluir como indivíduo de uma nação de torcedores apaixonados que só querem o bem do time. Nada disso eu posso enxergar na Diretoria atual do Vitória e isso me envergonha e indigna. O Vitória é um time grande com diretoria de time pequeno, porque o pensamento deles é tão minúsculo quanto o seu comprometimento e respeito à torcida. Alexi Portela teve o seu mérito por tirar o time do caos da terceira divisão e nos levar de volta à primeira, mas de que adianta um médico costurar o pulso esquerdo de um paciente operado e cortá-lo com uma faca no outro pulso? Beto Silveira é de um amadorismo enorme, ele parece nem saber o que faz, além de receber o salário. Não parece ter critérios lógicos nas contratações e as faz com extrema desorganização. Oscar Yamato vai no mesmo caminho e é até pior, porque, na prática, não fez absolutamente nada.

Dê sua opinião sobre o trabalho do Vitória Seleção.
Pra começar, só a iniciativa de agregar torcedores, divulgar notícias e dar voz ao apaixonado pelo Vitória já é fantástica, e essa maioridade só é acentuada pela excelência com a qual o trabalho é realizado. E isso com certeza se dá porque é realizado por torcedores e, como diz o ditado, “o que engorda o gado é o olho do dono”. Pra mim, é indispensável esse tipo de trabalho em um clube com uma torcida tão significativa.

Mande um Recado para a nação Rubro-Negra.
Nação, não vamos permitir que firam o nosso orgulho, roubem a nossa honra e passem por cima de nossas vontades. Nós existimos para o Vitória e o Vitória só existe por nossa causa! Nós somos o maior barato disso tudo, e sem nós o Vitória jamais existiria. Vamos protestar, reclamar, gritar, berrar, reivindicar tantas vezes quantas julgarmos necessário e enquanto estivermos insatisfeitos. Da mesma forma, vamos apoiar nos momentos de glória e provar que nosso grito de protesto tem a mesma altura que o grito de felicidade. Alguns momentos exigirão, da mesma forma que queremos que os jogadores interajam entre si, interação do lado de fora do campo, por nossa parte. Isso requer um afastamento de nossa individualidade... porque a gente pode ser bonito, gordo, fútil, devasso, alegre ou judeu hoje, mas amanhã possa ser que mudemos de ideia, de visual, de vontade... Mas no momento em que somos Vitória... isso aí não muda nunca, porque é amor. O manto sagrado que cobre o nosso corpo nos dias de jogos, aquecem nosso coração o tempo inteiro. Força, garra e fé, porque somos melhores. Esporte Clube Vitória: minha vida, minha história.

Entrevista Realizada Por Rafael Araujo (http://twitter.com/RafaScuiit) e Gabriela Almeida (http://twitter.com/_Gabiu)

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